PF apreende R$ 150 milhões em bitcoin em operação de fraude em criptomoedas

A Polícia Federal apreendeu hoje 21 carros de luxo e R$ 150 milhões em bitcoin, uma criptomoeda, durante uma operação realizada de manhã.

A ação integra a Operação Kryotos, que cumpriu sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal.

Na operação do Ministério Público e da Receita Federal, a PF reteve 591 bitcoins, que na cotação de hoje em que cada moeda vale cerca de R$ 255 mil, totalizando aproximadamente R$ 150 milhões. Segundo a própria Polícia Federal, tudo indica que esta será a maior apreensão de criptomoedas e valores em espécie, somados.

Além disso, foram apreendidos mais R$ 20 milhões e barras de ouro, jóias, relógios de alto valor, celulares e demais aparelhos eletrônicos. Na ação, Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria Bitcoin, foi preso no Rio de Janeiro, segundo informações divulgadas pela GloboNews. O empresário é suspeito de envolvimento em um esquema ilegal de pirâmide financeira com promessas de investimento em bitcoins.

O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. A sede da empresa de Glaidson Acácio dos Santos, localizada na Região dos Lagos, no Rio, é apontada como responsável por praticar esquema de pirâmide.

De acordo com a PF, havia a oferta pública de contrato de investimento, mas sem o registro junto aos órgãos regulatórios do mercado de criptomoedas. Os investigados poderão responder pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais, e, se condenados,
poderão cumprir pena de até 26 anos de reclusão.

Promessa de lucro a 10% Para conseguir convencer os clientes, havia uma "previsão de insustentável retorno financeiro sobre o valor investido", segundo a investigação. A empresa de Glaidson prometia reverter os investimentos com bitcoins em lucros de 10% ao mês. No entanto, a forçatarefa afirma que a GAS não aplicava os aportes em criptomoedas. Muitos investidores eram de Cabo Frio, da Região dos Lagos fluminense. Devido ao alto número de golpes do tipo pirâmide financeira, a região foi apelidada de "Novo Egito". Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses.

Fonte: uol.com.br