Belém/PA - A Polícia Federal, juntamente com o MPF, CGU e a Receita Federal, deflagraram nexta sexta feira (14/12) a segunda fase da Operação Forte do Castelo, com objetivo de dar continuidade às investigações iniciadas em 2017.
Decorre de novos elementos trazidos ao conhecimento do MPF, por meio de acordo de colaboração premiada firmado em maio de 2018 por pessoas ligadas à empresa responsável pelas obras do Portal da Amazônia, Macrodrenagem da Estrada Nova e BRT-Belém.
Estão sendo cumpridos 05 mandados de busca e apreensão nas cidades de Belém/PA e Brasília/DF.
No acordo de colaboração premiada, os colaboradores relataram e apresentaram documentação que implicam novos personagens no esquema vigente durante os dois mandatos de um ex-prefeito (2005-2012), em especial ex-secretários municipais, que tiveram intensa participação nos atos de direcionamento de licitações, acerto e recebimento de valores indevidos, pagos pela construtora em relação às obras realizadas no município de Belém (Portal da Amazônia, Macrodrenagem da Estrada Nova e BRT-Belém).
As análises conduzidas pela força-tarefa constataram a existência de conjunto robusto e consistente de indícios que aponta para a fraude ao caráter competitivo e o direcionamento de diversos certames que culminaram com a contratação das empresas do grupo ligado ao ex-prefeito. No curso das investigações, foi obtido conjunto probatório suficiente que apontou, além de irregularidades na contratação das empresas, indícios de enriquecimento ilícito de vários membros da organização.
O dano ao erário já identificado pela Força-Tarefa é de pelo menos R$ 400 milhões.