PF deflagra mais uma fase da Operação Pesadelo no Espirito Santo

PF investiga esquema de fraudes na aquisição de imóveis do acervo patrimonial da Caixa Econômica.

Vila Velha/ES – A Polícia Federal cumpriu um mandado busca e apreensão, no início da manhã desta quarta-feira (13/1), em decorrência de desdobramento da Operação “PESADELO”, deflagrada em 17/11/2020, com o objetivo de combater fraudes relacionadas a imóveis do acervo patrimonial da Caixa Econômica Federal.

A operação contou com a participação de 4 policiais federais, com o cumprimento de 01 mandado de busca e apreensão em ITURAMA/MG, na residência de um corretor de imóveis.

ENTENDA O CASO
O Inquérito Policial foi instaurado a partir de comunicação de crime realizada pela CAIXA, informando que imóvel do seu acervo patrimonial, localizado em Vila Velha/ES e avaliado em 2 milhões de reais, havia sido invadido. Ao ser questionado, o detentor do imóvel alegou que havia comprado a residência mediante “acordo judicial” com a CAIXA, por intermédio de um advogado de Goiás e um corretor de imóveis, no valor total de 550 mil reais.

Com o avanço das investigações, concluiu-se que o advogado e o corretor de imóveis simularam um acordo entre o invasor e a CAIXA, falsificando a assinatura do representante da instituição bancária. Na sequência, o advogado investigado protocolou o falso acordo em processo em trâmite na Justiça Federal e recebeu do invasor 55 mil reais a título de entrada.

No cumprimento dos mandados de buscas nos endereços do advogado em 17/11/2020, foram apreendidos outros 06 acordos falsos, culminando com sua prisão preventiva em 14/12/2020.

Novas diligências foram realizadas, apontando a efetiva participação do corretor de imóveis no esquema, com a função de cooptar vítimas para as fraudes, beneficiando-se de parte dos valores obtidos indevidamente. Em razão disso, hoje, 13/01/2021, foi cumprida busca em sua residência situada no município de ITURAMA/MG, sendo apreendidos seus smartphones. Além disso, a Justiça Federal ordenou o bloqueio de valores das contas do investigado, a fim de recuperar o proveito das fraudes perpetradas.

CRIMES INVESTIGADOS
O investigado responderá pelos crimes de estelionatos e uso de documento falso, previstos no Código Penal.

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal no Espírito Santo