Piracicaba/SP – a Polícia Federal deflagrou nesta manhã (13/11) a Operação Granel, voltada à repressão do crime organizado e do tráfico interestadual de drogas, em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Ceará.
Policiais cumprem 15 mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de apreensão e sequestro de bens. As diligências ocorrem simultaneamente em Limeira-SP, São Paulo-SP, Arujá-SP, Dourados-MS e Fortaleza-CE.
A investigação teve início em agosto de 2017. Durante esse período foram apreendidos 1,1 toneladas de cocaína quase 60 Kg de maconha, 1,4 toneladas de produtos químicos, um bitrem, dois automóveis e R$ 103 mil em dinheiro. Foram identificados e fechados três laboratórios de preparação de drogas em Limeira, Nazaré Paulista e Guarulhos. Treze pessoas foram presas em flagrante por crime de tráfico de drogas.
Os laboratórios funcionavam em imóveis rurais e contavam com grande quantidade de máquinas e equipamentos fabricados ou adaptados para a preparação e embalagem de drogas. Em Limeira, as quatro máquinas apreendidas tinham capacidade para embalar 7.200 porções por hora. Um cômodo subterrâneo secreto estava em construção. Em Guarulhos, dez fornos de micro-ondas eram utilizados para secagem das drogas.
Das quinze pessoas que tiveram a prisão preventiva decretada, onze já se encontram recolhidas no sistema prisional em decorrência de prisão em flagrante.
Os mandados de sequestro e de apreensão de bens se referem a sete imóveis, um automóvel de luxo e dois caminhões, no valor total estimado de R$5 milhões.
O líder da organização criminosa é natural do Ceará. Ele também possui ligação com facção criminosa que atua em âmbito nacional. Uma mansão em condomínio de luxo em Fortaleza foi adquirida de pessoa investigada por suposto envolvimento nas mortes de dois importantes membros da facção no início de 2018, em Aquiraz-CE.
Os presos ficarão à disposição da Justiça Criminal de Limeira e do Gaeco-Piracicaba. Eles serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 53 anos de reclusão.
Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal em Piracicaba/SP