Operação Zigzag 2 é a quarta fase da Operação Rota BR-090, que investiga contratos para obras rodoviárias
Belo Horizonte/MG – A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (15/12), com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal, a Operação Policial “ZIGZAG 2”, para combater corrupção ativa e passiva, peculato, organização criminosa, fraude ao caráter competitivo de procedimentos licitatórios e fraude na execução de contratos.
A PF representou por sete mandados de busca e apreensão, uma ordem de afastamento de servidor, bloqueio de quase R$ 50 milhões dos investigados e impedimento de três pessoas jurídicas de contratarem com a Administração Pública; expedidos pela 4ª Vara Federal de Belo Horizonte e cumpridos por 25 Policiais Federais e quatro auditores da CGU no município de Uberlândia
Trata-se da quarta fase da Operação “ROTA BR-090”, que investiga contratos para obras rodoviárias do DNIT/MG e perfazem um total de mais de R$ 1,1 bilhão. Os crimes apurados teriam impingido um prejuízo estimado de mais de meio bilhão de reais aos cofres públicos. Doze servidores foram afastados durante toda a investigação, sendo quatro ex-superintendentes.
Na primeira fase da operação, servidores públicos e empresas responsáveis pelo desvio de recursos públicos do DNIT na região de Oliveira/MG foram investigados. Apurações posteriores identificaram que a supervisora dos contratos teria participado do esquema delituoso, ocasionando a deflagração da 2ª fase. Duas das empresas investigadas também estariam agindo junto a servidores públicos nas regiões das cidades mineiras de Prata e Teófilo Otoni, resultando na deflagração da 3ª Fase da Operação.
A fase de hoje trata da ampliação das investigações sobre as duas empresas citadas, visto que também teriam atuado de forma fraudulenta em contratos da região de Uberlândia/MG; além de haver indícios de que teriam se utilizado de uma terceira pessoa jurídica para que o grupo criminoso continuasse atuando na região do Prata, sem chamar a atenção dos órgãos de controle.
Além dos crimes já citados, os investigados poderão responder por sanções previstas nas Leis nº 12.846/13 e nº 8.666/93, estando sujeitos a até 40 anos de prisão, se condenados.
O estado de Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do Brasil. A precariedade das estradas resulta, todo ano, em centenas de mortes e alto prejuízo econômico. A PF criou um canal de denúncias para auxiliar no combate a crimes que perpetuam essa realidade:
Seguindo todos os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do Covid-19, a Polícia Federal continua trabalhando.
Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais