Na ação de hoje, a PF visa desarticular organização criminosa especializada em aplicar fraudes no Auxílio Emergencial e Precatórios Judiciais
Cuiabá/MT - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13/4) a 2ª fase da Operação ET CATERVA, a qual visa desarticular organização criminosa especializada em aplicar fraudes no benefício social Auxílio Emergencial e em Precatórios Judiciais.
Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e dois mandados de prisão preventiva, expedidos pelo Juiz da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Cuiabá/MT.
Na primeira fase da operação, foram identificadas fraudes no recebimento indevido de precatórios judiciais. Tais ações resultaram no levantamento ilegal de mais de R$ 13 milhões em precatórios judiciais, além de mais de R$ 2,7 milhões em tentativas de saques em várias regiões do país.
A organização criminosa cooptou servidores de instituição bancária, os quais forneciam informações sobre precatórios à disposição para saque, sendo que também foi constatada a participação de servidores do Tribunal Regional Eleitoral/MT.
No ano de 2020, após a interrupção temporária do pagamento de precatórios pela CAIXA, os integrantes da organização criminosa passaram a cometer fraudes em detrimento de parcelas do Auxílio Emergencial. Restaram efetuados mais de 1570 saques de benefícios, entre os meses de abril de 2020 e março de 2021, resultando em um prejuízo superior a R$ 1,3 milhão.
Na primeira fase, foram cumpridos 12 mandados de prisão, 77 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens e, ainda, 9 medidas de suspensão do exercício da função pública. Foi apreendida a quantia de mais de R$ 910 mil, em espécie, em poder dos investigados, além de veículos e outros objetos de valor.
Após análise parcial dos itens apreendidos, foi identificada a participação de outros integrantes do esquema criminoso em desfavor das parcelas do auxílio emergencial, o que desencadeou a 2ª fase da operação.
Na data de hoje, foram apreendidas centenas de aparelhos de telefones celulares nas residências dos envolvidos. Suspeita-se que os aparelhos sejam utilizados no cadastramento do aplicativo CAIXA TEM, a fim de efetuar os saques das parcelas do auxílio emergencial.
A Polícia Federal ressalta que, em razão da situação de pandemia causada pelo Coronavírus, foi adotada logística especial de preservação do contágio com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.