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Na política existe um fenômeno por demais ultrapassado e persistente, mas, infelizmente, não é percebido pelas pessoas ou comunidades envolvidas em face das regras imprudentes, paixões e interesses individuais.
Não me refiro exatamente aos famigerados “currais eleitorais”, em extinção, onde o “coronel” detém a sua “manada de eleitores” como mercadoria fosse, para ser exposta nos períodos eleitorais.
Mas o fenômeno sobre o qual me refiro e o chamo de “bolha política” é tão horrendo quanto os currais eleitorais. Nestes, o eleitorado submisso é geralmente analfabeto. Até se perdoa. Naquele, existe um agravante, as pessoas que a compõe são, na sua maioria, esclarecidas.
Essas bolhas, espalhadas nos mais diversos recantos do país, lideradas por políticos macabros e inescrupulosos são compostas por um invólucro costurado por interesses os quais levam as pessoas que a compõem a só enxergar o seu campo de ação, a só escutar o que lhes interessa e a só ler o que lhes é conveniente. São, ainda, constituídas por pessoas interesseiras, ambiciosas, ideologicamente pobres, desprovidas do sentimento humanitário e da cidadania e, muitas delas, colocando a sua própria honra e a da sua família em troca de favores, de um emprego ou dinheiro fácil.
Podemos, por fim, afirmar que esse fato torna essas pessoas limitadas e míopes politicamente.
Privilegiado é, portanto, aquele que ausente dessa bolha possua uma visão macro, sadia e imparcial da política.
Aproxima-se o segundo turno para elegermos o(a) futuro(a) presidente da república e o governador do Estado.
Não vote com o coração, pois este consulta apenas a sua alma; vote com a razão, pois esta está atenta a sua consciência.
Abilio, 9 out 2014