Operação Descarte da PF cumpre mandados de busca em três estados

Ação investiga uma rede de empresas fantasmas utilizadas em esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina; juíza decretou quebra de sigilo telefônico do ex-governador de Minas Fernando Pimentel.

A Polícia Federal (PF) em São Paulo cumpre na manhã desta quinta-feira (25) mandados de busca e apreensão na 5ª fase da operação Descarte --que investiga uma rede de empresas fantasmas utilizadas em esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina.

Intitulada "E o Vento Levou 2", a nova fase cumpre sete mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, para os endereços nas cidades de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Salvador, Lauro de Freitas, Milagres, na Bahia, e Nova Lima, em Minas Gerais.

Agentes da Receita Federal também participaram da operação. O objetivo nesta fase é encontrar o destinatário da propina movimentada no projeto de energia elétrica, cerca de R$ 40 milhões.

Os investigados deverão responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, e falsidade ideológica, cujas penas, somadas, poderão resultar em 9 a 38 anos de prisão.

A ação é baseada em delação do doleiro Alberto Youssef, e é um desdobramento direito da fase mais recente, deflagrada em abril deste ano, batizada de “E o Vento Levou 1”. Segundo a Receita, o nome da fase da operação faz referência à participação das empresas do setor eólico que participaram do esquema.

Durante as investigações, três pessoas delataram o esquema em acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público Federal (MPF) e homologado pela Justiça.

A juíza responsável pelo caso decretou quebra de sigilo telefônico do ex-governador de Minas Fernando Pimentel. O G1 procura a assessoria do ex-governador.

Segundo a Receita, auditores-fiscais já identificaram que os operadores envolvidos também eram os autores de outros esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro. "Até o momento já foram abertos 140 procedimentos fiscais e lavrados Autos de Infração na ordem de R$ 269 milhões", disse o órgão em nota.

Fonte: g1.globo.com