PF cumpre novos mandados em operação que investiga fraudes em registros sindicais do antigo Ministério do Trabalho

Agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (22). Investigação apontou o desvio de mais de R$ 2,5 milhões da pasta.

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (22), mais uma fase da Operação Registro Espúrio para apurar um suposto esquema de ocultação de bens obtidos por meio de fraudes em registros sindicais no antigo Ministério do Trabalho, no governo do presidente Jair Bolsonaro a pasta foi incorporada ao Ministério da Economia.

A primeira fase da Operação Registro Espúrio foi deflagrada em maio de 2018. O objetivo é investigar uma suposta organização criminosa integrada por políticos e servidores que teria cometido fraudes na concessão de registros de sindicatos pelo ministério.

Agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (22). A investigação identificou o desvio de mais de R$ 2,5 milhões do Ministério do Trabalho por um único representante sindical. A Polícia Federal ainda apurou que ele teria utilizado a própria companheira para ocultar bens e valores.

Os envolvidos vão responder pelo crime de lavagem de dinheiro. A pena pode chegar a 10 anos de prisão.

Registro Espúrio
De acordo com as investigações, o suposto esquema cobrava propina de interessados em fazer o registro de sindicatos no ministério do seguinte modo:

  • os registros de entidades sindicais no ministério eram obtidos mediante pagamento de vantagens indevidas;
  • não era respeitada a ordem de chegada dos pedidos ao ministério;
  • a prioridade era dada a pedidos intermediados por políticos;
  • havia um "loteamento" de cargos do Ministério do Trabalho entre os partidos PTB e Solidariedade.

Fonte: g1.globo.com