Uma pessoa foi presa. Agentes foram para endereços na capital fluminense, Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti e Belo Horizonte (MG).
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram nesta quarta-feira (24) a Operação Camaleão.com, contra o esquema que falsificava alvarás para soltar presos no Rio.
Agentes federais saíram para cumprir quatro mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em endereços na capital fluminense, Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti e Belo Horizonte (MG). Entre os alvos estão advogados.
Até a última atualização desta reportagem, uma pessoa havia sido presa. Com ela, a força-tarefa encontrou documentos falsos.
No início do mês, uma força-tarefa da Polícia Civil do RJ e da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) prendeu cinco suspeitos de participação nas falsificações. Um dos mandados de prisão desta quarta era contra um desses detidos.
Essa fraude contra o sistema penitenciário fluminense levou pelo menos três detentos a sair pela porta da frente da cadeia, apesar de não haver decisão judicial pela liberdade deles.
A Seap chegou a rever 40 mandados em busca de irregularidades.
Entre os beneficiados pelo esquema está João Filipe Cordeiro Barbieri, um dos maiores traficantes de armas do mundo (veja abaixo o momento em que ele deixa a cadeia).
João Filipe é enteado de Frederick Barbieri, considerado o Senhor das Armas, que está preso nos Estados Unidos.
Durante o mês de fevereiro, o MPF emitiu uma série de ofícios, encaminhados a diferentes instituições e órgãos, tentando "apertar o cerco" contra João Filipe Barbieri e João Victor Roza — que também fugiu graças a uma fraude.
O procurador da República Eduardo Benones solicitou informações e providências às polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar e também pediu dados a companhias aéreas
Na operação do dia 9 de março, um dos cinco presos foi o servidor da Seap Fábio Luis da Silva Polidoro.
“O servidor [Fábio] era o coordenador do Setor de Classificações. Era ele quem dava a palavra final no cumprimento dos alvarás, mesmo tendo sido orientado por outros servidores de incorreções nos documentos”, detalhou o delegado Mauro César, diretor da Polinter.
Fonte: g1.globo.com