PF investiga ex-senador Romero Jucá e filho em suposto esquema de candidaturas laranjas em Roraima

Operação cumpre 6 mandados em Boa Vista nesta quarta (11). Suspeita é que MDB e PSD participaram de desvio de recursos na eleição de 2018. Defesa de ex-senador e filho diz que não tem informações oficiais sobre investigação e fala em 'fake news'; MDB nega irregularidades e PSD diz que denúncia é contra gestão anterior.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (11) uma operação contra supostas candidaturas laranjas nas eleições do ano passado em Roraima, envolvendo o MDB e o PSD. O ex-senador Romero Jucá (MDB) e Rodrigo Jucá, filho dele, são suspeitos de comandar o esquema, segundo apuraram a Globonews, Rede Amazônica e o G1 – a PF não divulga os nomes dos investigados.

Em nota, a defesa do ex-senador e do filho afirmou não ter informações oficiais da PF acerca da investigação citada na matéria, "vez que nenhum ilícito eleitoral fora praticado, tendo as contas das siglas partidárias tendo sido analisadas minuciosamente pela Justiça Eleitoral e aprovadas". (veja nota na íntegra abaixo).

Também em nota, o MDB em Roraima disse em nome do partido e do ex-senador que repudia "veementemente as alegações absurdas vazadas da operação Títeres, de que estariam agindo no intuito de desviar recursos do fundo eleitoral na campanha de 2018" e que espera responsabilidade nas apurações.

O PSD também se manifestou e informou que as denúncias apresentadas se referem às eleições de 2018 e, portanto, não existe nenhuma relação ou envolvimento com os atuais membros do diretório.

O ex-senador disputou as eleições em 2018 em Roraima, mas perdeu a vaga no senado por 434 votos a menos que o primeiro colocado. Já Rodrigo Jucá não foi candidato no ano passado, mas presidia o PSD em Roraima à época do pleito.

Operação
A operação recebeu o nome de Títeres, em referência aos fantoches movidos por terceiros por meio de cordéis ou manipulação direta das mãos de seu operador.

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão contra envolvidos no esquema – Romero e Rodrigo Jucá não foram alvos. A PF também não esteve nas sedes locais dos partidos, mas cumpriu os mandados nas residências dos supostos laranjas e de políticos que teriam sido beneficiados pelo esquema, além de uma empresa de consultoria e assessoria.

Fonte: g1.globo.com