Um novo golpe no WhatsApp promete 500 mil cestas básicas para a população mais vulnerável durante a pandemia. O alerta é da Polícia Federal. O link começou a circular no final da semana passado, logo após várias prefeituras brasileiras começarem a distribuir cestas básicas a pessoas de baixa renda cadastradas em seus programas sociais.
Segundo a PF, é comum que os cibercriminosos se aproveitem de períodos e situações específicas, como épocas festivas, promoções feitas por empresas e grandes lojas, liberação por parte do governo de vantagem financeira, como FGTS, 13º salário, PIS ou até a situação que envolvam calamidades, para criar e aplicar golpes financeiros com temáticas personalizadas para enganar as pessoas.
O golpe avisa que o plano Sem Miséria, do governo federal, em parceria com entidades filantrópicas, estaria oferecendo 500 mil cestas básicas, bastando para isso que a pessoa faça um cadastro simples com informações sobre o estado, cidade e nome completo.
Para dar veracidade à mensagem, os golpistas exibem relatos falsos em redes sociais de supostas pessoas que já ganharam as cestas básicas e atrela a atual logomarca do governo federal para dar mais credibilidade ao golpe. A vítima ainda é incentivada também a compartilhar o link com todos os contatos do WhatsApp.
A PF alerta que, ao clicar em avançar, surge uma barra de preenchimento. Se for finalizada, o celular ou computador são infectados com programas maliciosos que capturam informações pessoais, como fotos, vídeos, mensagens e senhas, e fazem um bloqueio dos aparelhos, criptografando o telefone ou computador. A vítima só se livra do bloqueio se fizer transferência em dinheiro, através de bitcoins (moeda virtual dificilmente rastreada).
Os golpistas também podem clonar o WhatsApp das vítimas, abrir contas correntes em bancos virtuais ou físicos, e ter acesso a cartão de crédito, cheque especial, abertura de empresas fantasmas e compras pela internet. Tudo em nome de terceiros. Quando as vítimas se dão conta, são surpreendidas com contas em seu nome que não fizeram e dívidas que não contraíram. A boa notícia é que a maioria dos links que foi utilizado para aplicação dos golpes já foram bloqueados.
Fonte: diariodepernambuco.com.br