Estima-se que, durante todo o período de atuação da organização criminosa, os danos devem chegar a mais de R$ 600 mil.
A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação No Show para combater furtos na área restrita de segurança do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Grande BH.
Somente nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021, a empresa vítima do esquema registrou, com os furtos, um prejuízo de R$ 185 mil. Estima-se que, durante todo o período de atuação da organização criminosa, os danos devem chegar a mais de R$ 600 mil.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, com autorização de quebra de sigilo de dados, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Pedro Leopoldo.
Segundo a PF, durante as investigações ficou claro que os furtos eram feitos por uma organização criminosa que, de forma planejada e com divisão de tarefas, cometia os delitos no terminal há mais de um ano.
Ainda de acordo com a polícia, os crimes eram praticados da seguinte maneira: uma mulher, integrante da quadrilha, ia à área de embarque doméstico, passando-se por passageira com um bilhete aéreo. Com o auxílio de duas comparsas, ambas funcionárias da empresa lesada, a falsa passageira furtava e guardava os produtos em mala e mochila e saía pelo desembarque.
Também um funcionário de outro estabelecimento participava, aproveitando ser de uma empresa na área restrita do aeroporto. Com credencial permanente de livre acesso, retirava produtos furtados, que previamente haviam sido separados e guardados em mochilas pelas funcionárias cúmplices.
Há 28 registros de acesso à sala de embarque doméstico relacionados à falsa passageira, entre os meses de agosto de 2018 a janeiro de 2021, sendo que, segundo as empresas aéreas, em apenas duas oportunidades ela compareceu para embarcar, de resto, em todas as outras, registrou-se “no show”.
Os envolvidos responderão pelos crimes previstos no Código Penal Brasileiro em que a pena pode chegar a 8 anos de prisão, para cada crime praticado. Também responderão por fazer parte de organização criminosa, cuja pena vai de 3 a 8 anos de reclusão.
A Justiça determinou a aplicação de medidas cautelares aos investigados, sendo, a apreensão das credenciais aeroportuárias dos funcionários que permitiam o acesso em áreas restritas do aeroporto, e o comparecimento semanal ao fórum.
Fonte: g1.globo.com