PF deflagra a 74ª Fase da Operação Lava Jato - Operação SOVRAPPREZZO para investigar operações de câmbio envolvendo estatal

PF investiga esquema de fraudes em operações cambiais entre um banco e empresa estatal. Estima-se que o prejuízo para os cofres públicos pode chegar a mais de 18 milhões de dólares.

Curitiba/PR – A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou na manhã de hoje(10/9) a 74ª Fase da Operação Lava Jato, denominada SOVRAPPREZZO. Esta fase é desdobramento da 61ª Fase, chamada de Disfarces de Mamon.

Cerca de 110 policiais federais estão cumprindo 25 mandados de buscas e apreensão (6 em São Paulo/SP, 3 em Teresopolis/RJ e 16 no Rio de Janeiro/RJ). Não há cumprimento de mandados de prisão. A Justiça determinou o bloqueio de ativos financeiros dos investigados em contas no Brasil e no exterior, até o limite de 97 milhões e 65 mil reais.

A operação tem por objetivo aprofundar as investigações de um esquema de prováveis fraudes em operações de câmbio comercial contratadas pela PETROBRÁS com um banco situado em São Paulo, cujas transações de compra e venda de moeda estrangeira totalizariam mais de 7 bilhões de reais no período entre 2008 e 2011, além de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e associação ou organização criminosa.

O esquema consistiria em sobretaxar as operações acima dos valores de mercado para inflar o spread (lucro) do banco, mediante possível pagamento de propina para operadores da empresa pública a ser dividida com empregados da instituição financeira, paga em troca do direcionamento dos negócios cambiais para o referido banco. Estima-se que o prejuízo para os cofres públicos pode chegar a mais de 18 milhões de dólares.

As investigações visam ainda a comprovar a prática de lavagem de dinheiro porventura praticadas pelos investigados, seja através de movimentação de valores no Brasil e no exterior, mediante o uso de off shores, subfaturamento na aquisição de imóveis e negócios, interposição de pessoas em movimentações de capitais, utilização de contratos fictícios de prestação de serviços firmados entre o banco e empresas dos colaboradores envolvidos, assim como o grau do vínculo associativo mantido por todos.

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal em Curitiba/PR