Em meio ao Setembro Amarelo, Fenapef defende mais psicólogos na PF

A Polícia Federal tem pedido para a área administrativa e destaca a essencialidade do psicólogo, buscando reposição e mais vagas.

Cuidar da saúde mental não é bobeira, mas sim um assunto sério. A campanha do Setembro Amarelo anualmente visa conscientizar as pessoas quanto ao suicídio, que pode ser agravado pela falta de cuidado da mente.

E, por isso, a Polícia Federal e suas categorias defendem mais psicólogos na corporação.

De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), este sempre foi um grande tabu entre os servidores e comandos das forças de Segurança Pública no Brasil. Mas, que precisa sempre ser reforçada.

Ainda mais com o aumento nos índices de suicídio, especialmente entre policiais federais - disparando um grande alerta para a categoria.

Fenapef cita falta de programa de prevenção e liga alerta
Segundo a Fenapef, o que torna a situação ainda mais grave e liga um alerta para este cenário é a falta de um programa de prevenção e enfrentamento da "epidemia" de suicídios, principalmente para quem enfrenta problemas de saúde.

A federação revela que, atualmente, o que existe, de fato, é uma norma interna entre os órgãos da Segurança Pública que prevê: recolhimento da arma para quem é afastado por problemas de saúde ligados à psiquiatria.

Mas, de certo modo, essa medida em pessoas que exercem cargos policiais pode aumentar ainda mais o estigma da situação.

É sempre importante citar, lutar e fomentar a prevenção ao cuidado da saúde mental - seja em que categoria for.

Número de psicólogos na PF não é suficiente, diz Fenapef
Diante deste cenário, a Fenapef comenta que a demanda de profissionais especializados no quadro da Polícia Federal não é o suficiente para suprir essa demanda.

Ela cita, ainda, que em 2019 o Ministério da Economia não autorizou a contratação de novos psicólogos. A necessidade, porém, existe e é grande.

A Fenapef, inclusive, comenta que de acordo com informações disponibilizadas e oficiais, existem apenas 15 psicólogos em todo o efetivo da corporação. Esse número é inviável para o tamanho da PF.

A categoria comenta que tem lutado e tentado aumentar esse número, mas, até o momento, sem sucesso. Segundo Boudens, presidente da Fenapef, caso ocorra uma modificação no número de vagas ou cargos para o próximo concurso já anunciado, as chances para psicólogoa seriam mais que necessárias.

De acordo com o presidente Luís Boudens, a pressão no trabalho da categoria é grande, o que colabora para esses casos.
“Há pesquisas internas mostrando que metade dos agentes tem ou teve sintomas de depressão”, conta Boudens. “A luta vem de muitos anos e demanda da direção que se criem mecanismos para identificar o perigo e tratar os policiais, evitando essas mortes, mas é muito difícil”, complementa.

Fonte: folhadirigida.com.br