A PF (Polícia Federal) cumpriu hoje sete mandados de busca e apreensão na Operação "Sufrágio Ostentação". A investigação é a respeito de supostas candidaturas laranjas em Minas Gerais do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Os mandados foram cumpridos em Belo Horizonte e nas cidades de Contagem, Coronel Fabriciano, Ipatinga e Lagoa Santa. Eles foram autorizados pelo juiz Renan Chaves Carreira Machado, da 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte. A sede do partido no estado é um dos alvos.
Os nomes dos alvos não foram revelados até o momento. Segundo a Justiça Eleitoral, o inquérito está em segredo de justiça.
O caso dos laranjas do PSL foi revelado pelo jornal "Folha de S. Paulo" em fevereiro. Em Minas, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, é apontado responsável pelo esquema. que foi presidente do partido no estado, nega as acusações. Candidatas a deputada estadual em Minas no ano passado implicaram diretamente o ministro no caso. Zuleide Oliveira indicou que houve desvio de dinheiro por meio de candidaturas laranja. O MPF (Ministério Público Federal) recebeu, na semana passada, o material de campanha de Zuleide. Os documentos podem sustentar que o partido não contabilizou gastos nas eleições 2018.
Procurado, o PSL ainda não se manifestou a respeito da operação da Polícia Federal. Segundo a PF, houve apreensão de documentos relativos a produção de material gráfico de campanhas eleitorais. Em fevereiro, Bolsonaro disse que havia determinado à PF a apuração dos casos envolvendo candidaturas do PSL. "Conforme o compromisso assumido
com Sergio Moro [ministro da Justiça] logo depois da minha eleição, ele tem carta branca para apurar qualquer tipo de crime sobre corrupção e lavagem de dinheiro", falou à Record TV na ocasião.
Após a declaração de Bolsonaro, Moro, que tem a PF entre os órgãos liderados por seu ministério, disse que os fatos seriam apurados por determinação do presidente. "E eventuais responsabilidades após investigações vão ser definidas", comentou na época.
Fonte: noticias.uol.com.br