Polícia Federal alerta população para não cair no golpe do TeleSUS

Nem a pandemia do novo coronavírus é capaz de fazer cessar a aplicação de golpes por criminosos. Desde que a situação se agravou, em março, a Polícia Federal (PF) já detectou três tipos de fraudes.

A mais recente é o golpe do TeleSUS, em que bandidos se passam por agentes do Ministério da Saúde para coletar dados pessoais das pessoas. Por isso, fique atento: chamadas do Disque Saúde do governo federal são sempre feitas do número 136.

O Ministério da Saúde começou, nesta quinta-feira (2), a realizar ligações para fazer avaliação à distância de sintomas, acompanhar evolução da doença e mapear áreas com risco de contágio por covid-19. Ao atender a ligação, feita pelo número 136, a pessoa ouvirá uma atendente virtual fazer as seguintes perguntas: “Aqui é do Ministério da Saúde. Você pode falar agora?” e “Você tem apresentado febre e tosse, ou febre e dor de garganta?”.

Dependendo da resposta, a ligação é transferida para um atendente real do ministério, que irá orientar a pessoa a procurar o serviço de saúde mais próximo. Em momento algum são perguntados dados pessoais ou senhas de cartão, por exemplo. Tampouco agenda consultas.

“Sempre que há uma oportunidade, aparecem esses golpes. Ainda não há inquérito instaurado, mas como já temos experiência nisso, estamos nos antecipando e alertando a população para que ela não caia nessa”, explica o chefe de comunicação da PF em Pernambuco, Giovanni Santoro.

Além do TeleSUS, já foram identificados golpes do Netflix gratuito e o do auxílio emergencial - nas versões de R$ 200, R$ 600 e R$ 1.000. “É sempre a mesma coisa, só muda o assunto. Aparece uma mensagem no Whatsapp ou no SMS com um link em que a pessoa clica e tem que colocar dados pessoais e informações bancárias. Por isso, é muito oportuno alertar a sociedade”, acrescenta Giovanni.

Dicas da PF para não cair no golpe
1 - Preste atenção no identificador de chamadas, o número oficial que deve aparecer é 136, do Disque Saúde, qualquer outro número não deve ser levado em consideração quando se tratar deste tipo de abordagem.
2 - Desconfie e não responda perguntas que não sejam: 'Aqui é do Ministério da Saúde você pode falar agora?' e 'Você tem apresentado febre e tosse ou febre e dor de garganta?'.
3 - Jamais forneça ou repasse informações sobre senha de banco, conta bancária, dados financeiros e do benefício do INSS dentre outros.
4 - Não marque nenhum agendamento para que pessoas compareçam em sua residência sob o pretexto de fazer uma consulta presencial. Caso a pessoa informe que está apresentando piora dos sintomas, será orientada na ligação do 136 por um profissional de saúde a procurar um posto de saúde ou hospital de referência. Bandidos podem se aproveitar dessa situação para se passar agentes de saúde e realizar assaltos.

Fonte: diariodepernambuco.com.br