A droga estava com um passageiro que havia chegado do Paraná. Ele foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal do ES para procedimentos de praxe
A Polícia Federal no Espírito Santo apreendeu aproximadamente 34 kg de haxixe, no Aeroporto de Vitória, com a ajuda da cadela farejadora Drica, dentro das malas de um passageiro que vinha do Paraná. A apreensão aconteceu na noite desta quinta-feira (25).
O acusado havia chegado do Paraná e foi flagrado de posse da droga. O homem foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal do ES para procedimentos de praxe.
A PF afirma que a ação é decorrente de intensificação na fiscalização de rotina no Aeroporto da Capital, com o incremento de policiais federais em atividade no local e a atuação de cão detector de drogas, como a reportagem do Gazeta Online mostrou nesta quinta-feira (25).
Quem olha para a Drica, de 2 anos e meio, só consegue enxergar a serenidade no olhar de quem desmantela qualquer esquema de ocultação de droga por aí. Ela é a cadela farejadora da Polícia Federal (PF) que está atuando no Aeroporto de Vitória há cerca de duas semanas e foi apresentada na manhã desta quinta-feira (25) na sede da PF em Vila Velha a alunos que participaram de uma programação de conscientização sobre o combate a entorpecentes. A cadela, que vei o do Rio de Janeiro, tem descansado em um box especial e relaxa do trabalho árduo diário, quanto tem tempo livre, com brinquedos e guizos. Cada cão farejador da PF é cuidado por um agente especial, chamado de K9, que recebe um treinamento à parte na matriz da polícia, em Brasília. O tutor de Drica, que não se identifica por questões de segurança, conta que assim como os outros cães da PF, ela recebe comandos em alemão. “A escolha da língua é porque o alemão é forte, então é mais fácil para o cão entender a longo prazo”, conclui.
Drica participa de ao menos uma diligência por dia, todos os dias, e não sofre nenhum mal com isso. Até porque, mesmo que encontre droga na operação, o cão não tem contato direto com a substância. “Ele só indica o local em que está o entorpecente. O mais perto que ele chega é a 20 centímetros de distância”, esclarece.
Esses cães também passam por um treinamento específico para que sempre obedeçam para sempre os comandos do tutor. Aos 50 dias de idade, os filhotes das cadelas matrizes, como são chamadas, passam por testes que determinam o quão capaz aquele cãozinho é de trabalhar com a PF. “Quando são escolhidos, os filhotes vão do 50° dia de vida até o 18º mês recebendo diariamente essas aulas que os formam como cães farejadores”, detalha o tutor.
"REFORMA DA PREVIDÊNCIA"
Os recentes debates em torno da Reforma da Previdência deixam qualquer trabalhador de cabelo em pé, mas Drica também está tranquila com esse tema. Ela talvez não saiba, mas a vida útil de um cão desses na polícia dura, quando muito, dez anos. Em média, aos 7 anos de idade os animais são submetidos a exames para monitoramento de performance no trabalho. Como são de propriedade da União, os cães quando são aposentados do trabalho são oferecidos aos seus tutores de graça. Cada cão fica com um só tutor a vida toda, o que acaba criando um laço afetivo entre os dois.
“Às vezes, quando o tutor não pode ou não quer, o cão é oferecido a outros policiais federais e, no máximo, também é oferecido a PFs de outros departamentos. Mas na maioria das vezes algum K9, como são chamados os policiais treinados para serem tutores, tem interesse no animal”, conclui.
Fonte: gazetaonline.com.br