O ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas, Leland Barroso, foi preso na manhã desta quinta-feira (25), durante a operação Arquimedes, deflagrada pela Polícia Federal.
As atividades têm o objetivo de desarticular um esquema de corrupção responsável por extração ilegal de madeira na floresta amazônica.
Procurado pela reportagem, o advogado eleitoral, Yuri Dantas, filho de Leland, confirmou que o pai foi conduzido para à sede da PF-AM, localizada na Zona Oeste de Manaus.
"Informações desencontradas estão chegando para mim, mas o que sei, até o momento, é que os policiais foram com um mandado de busca e apreensão na casa do meu pai. Sei também que ele foi conduzido para a sede da PF. Como o STF declarou a impossibilidade da condução coercitiva, ele foi preso de forma preventiva ou temporária", disse o filho do ex-presidente do Ibama.
Operação
Conforme a Polícia Federal, a operação marca o início da utilização de uma ferramenta tecnológica de imagens de satélite que possibilita à Polícia Federal identificar novos focos de desmatamentos quase que diariamente, o que resultou numa melhor fiscalização e no aumento das ações in loco.
Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 mandados de busca e apreensão cumpridos nos estados do AC, AM, MG, MT, PR, RO, RR, SP e no Distrito Federal, além da autorização de bloqueio de R$ 50 milhões nos CNPJ's das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.
Inquérito civil
Em 2018, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para apurar a responsabilidade civil, criminal e eventual improbidade administrativa do então superintendente do Ibama no Amazonas, Leland Barroso, em razão de omissão no exercício de suas atribuições.
Segundo o MPF-AM, o superintendente do Ibama no Amazonas emitiu documento a um porto privado em Manaus recomendando que, em caso de dúvidas quanto à regularidade de algum embarque de cargas florestais, no caso de cabotagem ou cargas oriundas de outros Estados, a situação deveria ser comunicada ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), para que o órgão estadual supostamente iniciasse fiscalização.
Fonte: acritica.com